sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SUNNY AFTERNOON


MARBLE ARCH - MALS 716 - edição britânica (1967)

Side 1

Sunny Afternoon - I Need You - See My Friends - Big Black Smoke - Louie Louie

Side 2

Dedicated Follower Of Fashion - Sittin' On My Sofa - Such A Shame - I'm Not Like Everybody Else - Dead End Street

(actualização de um post de 2008).

Colaboração de João Pinheiro de Almeida

12 comentários:

Muleta disse...

é pena ser mono

Rato disse...

Ser mono não é defeito, caro muleta. Aliás, ao longo dos anos muito disparate se tem feito em tentativas de se transformar o som original mono de muitos discos em "pseudo-stereo": a esmagadora maioria dos nomes da década de 60 (Beatles incluídos) foram vítimas desses processos destrutivos. Felizmente os tempos mudaram e hoje tenta respeitar-se ao máximo as maquetas das gravações originais. E começaram já há alguns anos a aparecer no mercado albuns bem remasterizados com a inclusão das gravações, quer em mono quer em stereo. Já tenho algumas dessas magníficas edições ("Bee Gees", "Monkees" e "Searchers", por exemplo) e aquilo que concluo, após as respectivas audições, é que a grande maioria das vezes continuo a preferir as versões mono às stereo, sendo raras as excepções em contrário. De um modo geral o som mono é muito mais "real", "encorpado" e excitante do que o stereo. Mas isso sou eu a dizer, claro.

JC disse...

Um bom exemplo e que dá para comparar, caro Rato, é o CD "Pet Sounds", dos Beach Boys,com as duas opções.

Muleta disse...

meu caro rato
quando digo que é pena ser mono é que na altura já havia ediçoes em estereo destas cançoes (pelo menos de algumas delas). no resto estou de acordo, condenando a destruiçao que se fez com a "estereorizaçao" dos masters monofonicos. ou, mais grave ainda, com a regravaçao dos temas, algumas vezes com outros interpretes ou formaçoes modificadas, vendidas como se fossem as originais.
agora, havendo ediçoes originais em estereo, normalmente prefiro-as. por exemplo, nos golden years recentemente editado no excelente blogue de que é autor, uma das cançoes, o laugh lauh (beau brummels) aparece em mono quando existe a versao original em estereo.....

Rato disse...

Pois, mas como só tenho a versão mono (incluída naquela caixa magnífica dos "nugget's") e como foi uma das escolhidas aqui pelo nosso YéYé para o volume da responsabilidade dele, não tive mesmo alternativa.
Já agora, em que CD é que a versão stereo está disponível?

Muleta disse...

tenho um cd da edsel intitulado autumn in san francisco... posso ripar a musica...

Rato disse...

Obrigado, muleta, depois podes enviar-ma por email. Já agora dá para comparar

Muleta disse...

vou tratar disso hoje ou amanhã. peço ao luis titá o email para onde enviar

filhote disse...

Até 1968, as gravações mono eram melhores que as stereo pela simples razão de que a gravação stereo ainda não tinha sido devidamente aperfeiçoada (era novidade)e a mono tinha atingido o limite do seu alcance e profundidade, ou seja, a perfeição.

Brian Wilson diz que só se deve ouvir o "Pet Sounds" em mono.

George Martin e Paul McCartney defendem hoje o mesmo em relação ao "Sgt. Pepper's" que, mais dia menos dia, deverá ter edição mono em CD. Aposto. Aliás, a verdade é que a mix original do "Sgt.Pepper's", isto é, a realizada por Martin e pelos Beatles, é a versão mono...

ié-ié disse...

Falas, falas, falas, Filhote, mais ainda não nos contaste a experiência de Abbey Road!

LT

Anónimo disse...

Caros,
Alerto só para que não fique a ideia que o mono seja melhor que o estéreo, como pode transparecer de uma leitura apressada destes interessantes comentários.

O estéreo, o quadrifónico ( por exemplo o Quad-8 dos cartuchos de oito pistas que já nos anos sessenta e setenta eram tão populares nos automóveis), o Ac3 ou Dolby e o DTS dos DVDs musicais, podem reproduzir a ambiência espacial com a fidelidade possível ajustada à biologia humana de dois ouvidos, coisa que o mono pura e simplesmente nunca poderia.

Além disso, o mono impõe uma audição única e universal, ou seja, é a única maneira como se quis que fosse ouvido, impondo assim uma ditadura sonora ao contrário do estéreo ou quad que permitem uma variedade de mixes ajustados a outras concepções sonoras, o que necessariamente traduz uma potencialidade de maior criatividade.

Porém, na senda de Filhote, se uma gravadora e uma banda se esmeraram ao máximo no mono e quase desprezarem o estéreo, o que aconteceu com o binómio Apple/Emi - Beatles, então não admira que aqueles monos sejam mais apreciados que os estéreos e até mais interessantes do ponto de vista sonoro. Também acontece o mesmo na fotografia ou filmagem preto e branco vs cor, sendo a primeira ainda a preferida de grandes fotógrafos como Sebastião Salgado.

Segundo Geoff Emerick :
“Most of our time and effort went into the mono mixes of both Pepper and Revolver”
e
“The effects tended to be a little bit overdone on the stereo mixes, too. We’d just kind of have fun with the stereo mixes”

Suponho que não é preciso dizer mais.

JR

filhote disse...

Gostei de reler estes comentários... a minha "aposta" foi ganha!!!