quarta-feira, 17 de junho de 2009

NOVA COLECTÂNEA DE GEORGE HARRISON


DARK HORSE/PARLOPHONE/APPLE - 50999 965019 2 4 - 2009

Got My Mind Set On You - Give Me Love (Give Me Peace On Earth) - Ballad Of Sir Frankie Crisp (Let It Roll) - My Sweet Lord - While My Guitar Gently Weeps (live) - All Things Must Pass - Any Road - This Is Love - All Those Years Ago - Marwa Blues - What Is Life - Rising Sun - When We Was Fab - Something (live) - Blow Away - Cheer Down - Here Comes The Sun (live) - I Don't Want To Do It - Isn't It A Pity

Esta é uma bela colectânea de canções de George Harrison, editada no mercado esta segunda-feira, dia 15 de Junho.

Tive entretanto a sorte (ter sorte dá muito trabalho!) de nesse mesmo dia ter estado com Paul Hicks, filho do guitarrista dos Hollies, Tony Hicks, e que é, apesar da jovem idade, um dos mais conceituados técnicos de Abbey Road e que desde há uma década tem trabalhado na remasterização do catálogo do quarteto de Liverpool.

Tem feito outras coisas, obviamente, como é o caso desta colectânea, daí o autógrafo!

O CD custou-me £ 11.99 (€ 14.20) na HMV de Picadilly, logo na 2ª de manhã, ainda estava no caixote de cartão, no chão, antes do escaparate.

Já agora, um lamento, embora volte ao tema daqui a uns dias: o que é feito da música, o que é feito dos discos, o que é feito das discotecas?

Comprar discos em Londres sempre foi uma alegria, um happening! Hoje em dia, parece uma visita a um cemitério.

Em Oxford Street, as Zavvi (ex-Virgin) foram-se, como aliás em toda a Londres. Só vi HMV em Oxford e em Picadilly a caminho de Leicester....

Picadilly propriamente dita já não tem uma única discoteca! Acabaram as megastores, mas voltarei a este assunto.

Ah! Outra surpresa: a HMV em Heathrow é mais barata. Não estava nada à espera! Este disco de George Harrison custava menos uma libra e tal...

5 comentários:

josé disse...

Ora muito bem. Presumo que vai sair artigo, um dia destes, sobre as remasterizações dos Beatles.

Estou à espera.

Uma recomendação suplementar se for possível: escrever sobre os aspectos técnicos da coisa, com o Paul Hicks. Ah! Quem me dera poder falar ( ou ler) sobre isso, com pormenores.

Como se fez a análise do som existente, como se repartiu a audição, como se remisturou este ou aquele instrumento ou voz, quantos canais sonoros se usaram, que frequência de amostragem havia disponível, o que se ouvia em vinil e o que se passou a ouvir nas novas remasterizações por contraposição às antigas e primitivas dos anos oitenta, que método técnico usaram, quanto tempo precisaram para cada disco, como se gravou e em que suporte, nesta nova remasterização.
Porque não em blu-ray e se isso será possível; como se obtém o máximo de rendimento sonoro nestes novos discos, etc etc que se me lembrar ainda ponho aqui.

Esse trabalho é uma festa, Luís!

ié-ié disse...

Lamento desapontar-te, meu caro José. Duplamente!

Em primeiro lugar, estou amarrado a um embargo (que aceitei) até ao dia 24 de Agosto. Não estou autorizado a pormenorizar...

Em segundo, que é mais relevante, não percebo nada de técnicas de som. Não tenho um milésimo sequer das tuas competências.

Acredita ou não, estive sentado à frente de uma mesa que tinha uns 5 metros e uns 10 mil botões (não é exagero) e diziam que todos funcionavam. Como é possível?

O meu grupo não fez perguntas de carácter técnico (também não percebiam nada do assunto), apenas as básicas.

Do que nos responderam - em breve súmula - este trabalho foi tão-só de remasterização, nada mais! Nem estavam autorizados a mais nada!

O coordenador do projecto disse que as diferenças são "subtis" e só quando houver remisturas é que haverá diferenças mais substanciais, mas isso só os Beatles podem fazer...

Enfim, lamento...

LT

josé disse...

Ah! Então, aguardemos o levantemento do embargo.

Sobre os Beatles ( e Stones e gente assim como Dylan) o que eu gostaria de ver, seria uma gravação vídeo ( dvd ou blu-ray) com explicações sobre os discos e métodos e téncicas de gravação, como faz a Eagle Entertainment em alguns casos( Queen, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Grateful Dead, Bob Marley, Elton John, Steely Dan, etc etc).
São dvd´s em que aparecem os engenheiros de som, junto dessas mesas de cinco metros, a mexer em botões e a seleccionar a parte do baixo ou da guitarra, para mostrar como foi misturada ou realçada.

São documentos preciosos e não falho um da Eagle Entertainment.

Por isso, sobre os Beatles, uma coisa dessas seria um must. No filme Get Back ( acho que é assim que se chama), é possível ver como é. Os pormenores da gravação, da escolha deste ou aquele arranjo, de vocalizações, etc etc.

Isso associado ao som é o máximo.

Descobri agora o blu-ray ( estou á espera da caixa de Neil Young e assim que ouvir dou notícias escritas) e parece-me excepcional de equilíbrio sónico.

Ando a chegar à conclusão que o som de alguns dvd´s, mesmo no leitor do computador ( mas com uma placa de som externa de boa qualidade), soa melhor que os cd´s, mesmo em boa aparelhagem.

Teresa disse...

Eu vou por outro lado, aquele que me corta o coração. Antes da internet e da santíssima e abençoada Amazon, nas viagens eu canalizava todo o dinheiro disponível para livros e discos, mais tarde também filmes.

Tenho algures, para publicar no meu blogue, uma fotografia patética daquilo a que agora está reduzida a secção de música clássica (dantes um espaço orgásmico para mim) da HMV de Picaddilly. Só estou à espera de que a Ana me mande as prometidas fotografias da querida e defunta Discoteca Roma...

Anónimo disse...

Peço licença para agradecer ao Luis pelo ótimo livro “Beatles Em Portugal” e pela simpática dedicatória, claro. Graças ao nosso amigo Pedro Branco, ainda não tirei os olhos dele desde ontem, quando enfim me chegou às mãos.
Nelio